Entulho

Distinguindo o trágico do supérfluo

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Covert action in Colombia

Posted by iscariotes em 24 de dezembro de 2013

Fonte: The Washington Post

The 50-year-old Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC), once considered the best-funded insurgency in the world, is at its smallest and most vulnerable state in decades, due in part to a CIA covert action program that has helped Colombian forces kill at least two dozen rebel leaders, according to interviews with more than 30 former and current U.S. and Colombian officials.

The secret assistance, which also includes substantial eavesdropping help from the National Security Agency, is funded through a multibillion-dollar black budget. It is not a part of the public $9 billion package of mostly U.S. military aid called Plan Colombia, which began in 2000.

Above: A Colombian Air Force member cleans an A-29 Super Tucano, a turboprop aircraft typically involved in strikes on FARC targets. (Raul Arboleda/AFP via Getty Images)

The previously undisclosed CIA program was authorized by President George W. Bush in the early 2000s and has continued under President Obama, according to U.S. military, intelligence and diplomatic officials. Most of those interviewed spoke on the condition of anonymity because the program is classified and ongoing.
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The covert program in Colombia provides two essential services to the nation’s battle against the FARC and a smaller insurgent group, the National Liberation Army (ELN): Real-time intelligence that allows Colombian forces to hunt down individual FARC leaders and, beginning in 2006, one particularly effective tool with which to kill them.

That weapon is a $30,000 GPS guidance kit that transforms a less-than-accurate 500-pound gravity bomb into a highly accurate smart bomb. Smart bombs, also called precision-guided munitions or PGMs, are capable of killing an individual in triple-canopy jungle if his exact location can be determined and geo-coordinates are programmed into the bomb’s small computer brain.

In March 2008, according to nine U.S. and Colombian officials, the Colombian Air Force, with tacit U.S. approval, launched U.S.-made smart bombs across the border into Ecuador to kill a senior FARC leader, Raul Reyes. The indirect U.S. role in that attack has not been previously disclosed.

The covert action program in Colombia is one of a handful of enhanced intelligence initiatives that has escaped public notice since the Sept. 11, 2001, attacks. Most of these other programs, small but growing, are located in countries where violent drug cartels have caused instability.

The roster is headed by Mexico, where U.S. intelligence assistance is larger than anywhere outside Afghanistan, as The Washington Post reported in April. It also includes Central America and West Africa, where trafficking routes have moved in response to U.S. pressure against cartels elsewhere.

Asked to comment on U.S. intelligence assistance, President Juan Manuel Santos told The Post during a recent trip to Washington that he did not wish to speak about it in detail, given the sensitivities involved. “It’s been of help,” he said. “Part of the expertise and the efficiency of our operations and our special operations have been the product of better training and knowledge we have acquired from many countries, among them the United States.”

A spokesman for the CIA declined to comment.

Colombia and the FARC have been in peace negotiations in Havana for a year. They have agreed so far on frameworks for land reform, rural development and for allowing insurgents to participate in the political process once the war ends. The two sides are currently discussing a new approach to fighting drug trafficking.

Em http://www.washingtonpost.com/sf/investigative/2013/12/21/covert-action-in-colombia/

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Por que os crimes violentos são tão raros na Islândia?

Posted by iscariotes em 5 de dezembro de 2013

Fonte: BBC Brasil

Pela primeira vez na história da Islândia – país que tem uma das mais baixas taxas de criminalidade do planeta – policiais armados mataram um suspeito em uma operação.
A vítima foi um homem de 59 anos, que não teve a identidade divulgada. Ele foi morto a tiros na segunda-feira na capital Reykjavik.

O suspeito fez disparos com uma espingarda dentro de seu apartamento, supostamente contra policiais que tentaram invadir o imóvel. O homem acabou sendo morto a tiros pelas forças especiais.
A motivação do atirador ainda não está clara, segundo a polícia. Os policiais do grupo tático que atacou o suspeito estão recebendo acompanhamento de psicólogos.
A BBC publicou no mês de maio um texto do estudante de direito americano Andrew Clark, que investigou como um dos países com um dos maiores índices de armas por habitantes tem uma das mais baixas taxas de criminalidade do mundo. Leia abaixo:

Na companhia de estranhos

Embora eu tenha crescido na Nova Inglaterra, no nordeste dos Estados Unidos (onde neva com frequência no inverno), senti uma sensação diferente ao ver as nevascas islandesas. Era algo paralisante, com rajadas de vento épicas que faziam com que os flocos de neve parecessem navalhas.
Quando deixei minhas malas no solo coberto de neve da capital, Reykjavik, um homem se aproximou de mim em um jipe.

“Quer subir?”, perguntou-me.

Aquilo parecia uma loucura. Quem entraria no carro de um desconhecido?
Mas, apesar do que já me disseram sobre pegar carona com estranhos, pulei na parte traseira do veículo sabendo que nada de mal aconteceria.

Pois, afinal de contas, eu estava na Islândia. Eu ficaria por lá uma semana com o intuito de estudar os baixos índices de criminalidade do país. Essa era minha segunda viagem a essa gélida nação em seis meses.

Passei os últimos três anos na Universidade de Suffolk, no Estado americano de Boston, estudando direito internacional.

Antes de minha primeira visita a Reykjavik, em agosto de 2012, já havia definido o tema da minha tese: faria um estudo sobre a Convenção de Genebra para a guerra cibernética.
Mas aquela semana na Islândia mudou meus planos. Estava agradavelmente surpreso com o que vi.

Crimes violentos são praticamente inexistentes na ilha no norte da Europa

Crimes violentos são praticamente inexistentes na ilha no norte da Europa

Qual é o segredo?

Os crimes violentos eram praticamente inexistentes na Islândia. As pessoas pareciam despreocupadas com sua segurança ou a de seus filhos, a ponto de deixar as crianças sozinhas na rua.
Passei temporadas na Noruega, na Suíça e na Dinamarca, mas agora esses países pareciam tomados pelo crime, em comparação com a Islândia.

De volta aos Estados Unidos, mudei o tema de minha tese. Queria saber qual era o segredo da Islândia.
Francamente, não há uma resposta perfeita para explicar por que o país está entre os que detêm os menores índices de criminalidade do mundo.

Segundo o UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes), a taxa de homicídios na Islândia entre os anos de 1999 e 2009 nunca foi mais alta que 1,8 por 100 mil habitantes.

Os Estados Unidos, por sua vez, registraram no mesmo período taxas de homicídio anuais de 5 a 5,8 casos para cada 100 mil habitantes.

No Brasil, a taxa é ainda maior, de 23 homicídios por 100 mil habitantes.

Pouca diferença de classes

Depois de conversar com professores, autoridades, advogados e jornalistas, os fatores do sucesso da Islândia nessa área começaram a ser delineados – embora seja impossível determinar em que medida cada um deles contribui para o resultado final.

Em primeiro lugar, quase não há diferença entre as classes alta, média e baixa na Islândia. Por causa disso, praticamente inexiste tensão econômica entre classes – algo raro em outros países.

Um trabalho de um estudante da Universidade do Missouri que analisou o sistema de classes islandês descobriu que somente 1,1% dos participantes do levantamento se descreviam como classe alta e apenas 1,5% como classe baixa.

Os 97% restantes se identificaram como classe média, ou trabalhadora.

Em uma das minhas três visitas ao Parlamento islandês, me reuni com Bjorgvin Sigurdsson, ex-presidente do grupo parlamentar da Aliança Social Democrata.

Para ele e para a maioria dos islandeses com quem falei, a igualdade é a principal causa da quase ausência de crimes. “Aqui os filhos dos magnatas vão aos mesmos colégios que o restante das crianças”, afirmou Sigurdsson.

Para ele, os sistemas de serviços públicos e de educação do país promovem a igualdade.

Muitas armas, poucas drogas

A página de internet GunPolicy.org estima que haja aproximadamente 90 mil armas no país – cuja população é de cerca de 300 mil pessoas. Isso faz com que a Islândia figure na 15ª posição no ranking mundial de posse legal de armas de fogo per capita.

Mas adquirir uma arma de fogo não é fácil no país. O processo inclui um exame médico e uma prova escrita.

A polícia também não anda armada. Os únicos agentes que podem portar armas de fogo são uma força especial chamada “Esquadrão Viking”, que atua em poucas ocasiões.

Além disso, o tráfico de drogas na Islândia é pouco expressivo. Segundo um relatório da UNODC, o consumo de cocaína por cidadãos com idades entre 15 e 64 anos é de 0,9%; o de ecstasy, 0,5% e o de anfetaminas, 0,7%.

Também há uma tradição na Islândia de denunciar os crimes diante de qualquer indício ou agir para freá-los logo no início, antes que a situação piore.

No momento, a polícia está combatendo o crime organizado enquanto o Parlamento discute leis para ajudar a desmantelar essas redes criminosas.

Quando as drogas pareciam ser um problema em expansão no país, o Parlamento estabeleceu uma política antidrogas independente e um tribunal especial para lidar com o problema. Isso aconteceu em 1973. Nos dez primeiros anos de funcionamento do tribunal, 90% dos casos foram resolvidos com multas.

Esses são os segredos da Islândia, que poderiam orientar outros países que buscam soluções para seus problemas de delinquência.

Por isso, enquanto eu subia naquela manhã no jipe daquele homem que sorriu para mim e perguntou se eu precisava de ajuda com as malas, me senti seguro, mesmo não sabendo quem ele era.

Em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130527_islandia_crime_lk.shtml?ocid=socialflow_twitter_brasil

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Tribunal da Nova Zelândia rejeita primeiro refugiado climático

Posted by iscariotes em 1 de dezembro de 2013

Fonte: Público

Ioane Teitiota perdeu a última batalha para se transformar no primeiro refugiado climático oficialmente reconhecido. Um tribunal de Auckland, na Nova Zelândia, indeferiu um recurso deste homem de 37 anos, natural do arquipélago de Kiribati, que solicitara asilo alegando que não pode regressar ao seu país devido aos riscos das alterações climáticas.

Com altitude média de dois metros acima do nível do mar, Kiribati é dos países mais vulneráveis às alterações climáticas

Com altitude média de dois metros acima do nível do mar, Kiribati é dos países mais vulneráveis às alterações climáticas

Tal como outros Estados compostos de ilhas no Pacífico, o Kiribati é considerado um dos países mais vulneráveis ao aquecimento global. São 32 pequenas ilhas e atóis que estão, em média, apenas dois metros acima do nível do mar. Com a perspectiva da subida dos oceanos em até 82 centímetros, em média, até ao final do século, muitas áreas do país ficarão debaixo de água.

Ioane Teitiota vive na Nova Zelândia há seis anos e tem três filhos nascidos no país. Mas enfrenta agora um processo de deportação, uma vez que a sua autorização de residência expirou.

Para evitar o regresso, Teitiota pediu asilo, ao abrigo de uma convenção internacional, alegando que é perseguido, de forma passiva, pela vulnerabilidade do seu país às alterações climáticas. Além de comer-lhe parte do território, a subida do nível do mar está a exacerbar os efeitos das ondas e das tempestades, poluindo as águas subterrâneas e inviabilizando terras agrícolas.

Mas a convenção, assinada após a II Guerra Mundial em 1951, estabelece que os casos de perseguição que justificam um pedido de asilo têm a ver com a acção directa humana. “Se voltar ao Kiribati, [Teitiota] não sofrerá uma violação sistemática e sustentada dos seus direitos humanos básicos, como direito à vida”, justifica o juiz do tribunal de Auckland, na sentença proferida esta semana.

O caso já tinha sido indeferido por um tribunal de instância inferior, pelos mesmos motivos. O recurso agora também falhou, mas o julgamento relançou a discussão sobre futuros refugiados climáticos e sobre como a legislação actual não leva em conta este novo problema.

Em http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/tribunal-da-nova-zelandia-rejeita-primeiro-refugiado-climatico-1614337

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